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Foto: Reprodução | |
O padre Fábio de Melo teria sido objeto de uma denúncia formal ao Vaticano, desencadeada por uma controvérsia ocorrida em uma cafeteria na cidade de Joinville, Santa Catarina. O episódio resultou na demissão do gerente do estabelecimento no mês anterior. De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Ricardo Feltrin, pelo menos um bispo catarinense encaminhou a queixa à Congregação para a Doutrina da Fé, alegando um comportamento considerado "inadequado" por parte do padre.
Congregação para a Doutrina da Fé
Segundo a publicação de Feltrin, este departamento da Igreja Católica é responsável por receber e analisar denúncias envolvendo religiosos, abrangendo questões como pedofilia, apropriação indébita e outras condutas impróprias. O comportamento de Fábio de Melo na cafeteria teria sido percebido negativamente por outros líderes eclesiásticos, o que, conforme a fonte, motivou a queixa do bispo e deixou uma "mancha" na imagem do padre perante a instituição.
"Ele não vai ser expulso, é apenas uma questão disciplinar. Não vai acontecer nada, mas fica uma mácula na carreira dele. Por não ter tido uma atitude cristã com o Jair [gerente da cafeteria], que perdeu o emprego", declarou o jornalista em um vídeo publicado no YouTube.
Detalhes da controvérsia
A polêmica teve início em 10 de maio, poucas horas antes de um show programado em Joinville. Na ocasião, o padre Fábio de Melo visitou uma unidade da cafeteria Havanna e relatou uma divergência de preços em relação a potes de doce de leite.
Conforme o relato do padre, ele selecionou dois potes do produto diretamente da prateleira. Ao chegar ao caixa para efetuar o pagamento, constatou que o valor cobrado era significativamente superior à soma dos preços indicados na estante. "Peguei dois potes [de doce de leite], fui para o caixa pagar e vi que o valor que estava sendo cobrado era muito maior do que a soma de dois potes com o preço que estava na estante", narrou o religioso em suas redes sociais após o incidente.
Fábio de Melo explicou que tentou alertar a funcionária do caixa sobre a diferença de forma cordial. A atendente conferiu o preço e confirmou que a etiqueta na prateleira estava incorreta. Neste ponto, o gerente da loja interveio e, segundo a versão do padre, agiu de maneira ríspida, afirmando: "O preço está errado e é isso. Se quiser levar, o preço certo é este".
O padre expressou seu desconforto com a postura do gerente, sentindo-se desrespeitado como consumidor. Em sua avaliação, a situação poderia ter sido conduzida com maior urbanidade. "E se você é gerente e está numa situação embaraçosa, há uma forma de dizer isso com elegância", comentou.
Demissão do gerente e ação judicial
Dias após a repercussão da polêmica na cafeteria, o gerente, identificado como Jair Aguiar, foi demitido. Ele ingressou com ações judiciais contra a empresa e o padre Fábio de Melo em decorrência do ocorrido.
Jair Aguiar apresentou sua versão dos fatos, que diverge da relatada pelo padre. Segundo o ex-funcionário, Fábio de Melo não se dirigiu a ele pessoalmente, e a reclamação sobre o preço não foi feita de forma explícita em sua presença. "Eu não maltratei o padre, em momento algum a gente chegou a conversar. Ele não me chamou para me contar que o preço estava errado", declarou Aguiar na ocasião ao portal Splash.
Adicionalmente, o ex-gerente relatou ter sido alvo de ataques e manifestou receio de circular em locais públicos. "Num dia, você não é ninguém, só os teus amigos e as pessoas da tua família te conhecem. Do nada, tem um país todo te massacrando, falando mal de você. E você entra nas redes sociais, os comentários são todos maldosos. Escutaram a versão do padre e ficou por isso mesmo", afirmou.
Posicionamento das arquidioceses
Questionada pelo portal Metrópoles, a Arquidiocese de Joinville, local da ocorrência que motivou a denúncia, informou não ter conhecimento sobre a queixa formalizada. A reportagem também contatou a Arquidiocese de Florianópolis, que igualmente declarou não possuir informações acerca do caso.
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