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A tática que Bomfim não podia aplicar, que Suzana não soube executar e que Andrei explora ao máximo

Foto ilustrativa: Portal Spy | 

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Em Juazeiro, na Bahia, a comunicação institucional voltou a ser uma arma poderosa na política local. Enquanto gestões passadas fizeram silêncio e foram omissas, minando a confiança pública, o prefeito Andrei Gonçalves adotou uma postura ativa, moldando narrativas e fortalecendo sua imagem ao contrário de seus antecessores, cujas gestões foram marcadas por silêncios estratégicos e omissões que custaram caro em termos de confiança pública.

Paulo Bomfim: Entre a Lealdade e o Silêncio

O ex-prefeito Paulo Bomfim, hoje aliado de Andrei Gonçalves, teve sua trajetória política fortemente vinculada ao legado de Isaac Carvalho, que governou Juazeiro por oito anos (2009-2017). Eleito sob a sombra do ex-prefeito, Bomfim nunca escondeu sua relação de apadrinhamento político com Isaac, o que limitou sua margem de manobra para criticar ou expor possíveis desmandes cometidos durante a gestão anterior ao seu governo.

Ao assumir a prefeitura em 2017, Bomfim também herdou problemas estruturais, incluindo uma dívida de mais de R$ 150 milhões no SAAE, revelada no rádio, pelo próprio prefeito após pressão da oposição. No entanto, ele optou por minimizar essas questões, evitando confrontos públicos que pudessem comprometer sua lealdade ao mentor político. Essa postura reflete um dilema comum na política brasileira: a subordinação partidária muitas vezes se sobrepõe à transparência.

O resultado foi devastador. Ao não comunicar de forma clara os desafios enfrentados desde o início de seu mandato, Bomfim deixou diversas lacunas que alimentaram a percepção de má gestão, além de uma gestão com poucos resultados. Hoje, ele figura entre os gestores mais rejeitados da história recente de Juazeiro.

Suzana Ramos: Omissão e Perda de Narrativa

A gestão de Suzana Ramos (2021-2024) trouxe uma expectativa para a política juazeirense, mas também repetiu velhos erros. Apesar de ter recebido uma herança complicada do governo de Paulo Bomfim, incluindo dívidas significativas e gargalos em secretarias-chave, sua comunicação foi tímida e pouco assertiva. Em vez de contextualizar os desafios desde o início, ela optou por uma postura negligente e recuou, erro este que reforça a narrativa de que os problemas atuais são de sua autoria.

Essa falha estratégica permitiu que a população associe automaticamente os entraves financeiros e operacionais da atualidade ao governo dela. A ausência de uma comunicação combativa dificultou a reconstrução da confiança pública e abriu espaço para críticos, como Andrei Gonçalves, explorarem a situação para consolidar discursos de oposição. Essa omissão contribuiu para a alta rejeição até hoje e colabora para o nome da ex-gestora também seja citado como um dos mais rejeitados entre os ex-prefeitos de Juazeiro.

Andrei Gonçalves: A Força de Uma Narrativa

Contrastando com seus antecessores, o atual prefeito Andrei Gonçalves adotou desde o início de sua gestão uma postura agressiva ao expor os erros da administração anterior, liderada por Suzana Ramos. Essa estratégia comunicacional não foi apenas um recurso para justificar dificuldades financeiras, mas também uma maneira de consolidar sua imagem como um gestor transparente e comprometido com a reconstrução do município.

Ao detalhar publicamente as dívidas herdadas e os problemas estruturais encontrados, Gonçalves conseguiu deslocar a responsabilidade dos desafios atuais para governos passados, especialmente o de Suzana Ramos. Essa abordagem, embora mal vista por muitos, tem sido eficaz. Pesquisas indicaram que a população juazeirense rejeita fortemente os governos anteriores. Naturalmente, a população enxerga na atual gestão uma possível resposta aos erros do passado o que é ponto para Andrei.

Além disso, a atual gestão soube aproveitar o vácuo deixado pelas omissões de Suzana e pelo silêncio de Paulo Bomfim. Seu discurso de transparência e renovação ressoou com uma população cansada de promessas não cumpridas. Ao lançar com precisão a narrativa de "como encontrou a casa", ele não apenas justificou suas dificuldades iniciais, mas também criou uma base para construir seu legado. 

Em um contexto onde a confiança pública é escassa e as demandas sociais são urgentes, a lição parece clara: quem controla a narrativa controla o jogo político. E, por enquanto, Andrei Gonçalves parece estar à frente nessa disputa. Porém, até quando o povo aceitará essa narrativa? 

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