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| Foto: Reprodução| |
A Polícia Federal encontrou documentos na 13ª Vara Federal de Curitiba que indicam que o ex-juiz e atual senador Sergio Moro teria ordenado a gravação clandestina de autoridades com foro privilegiado utilizando delatores. Entre o material apreendido estão relatórios de inteligência e despachos que estavam guardados em gavetas da Vara.
A colunista Daniela Lima, do UOL, teve acesso ao áudio de 40 minutos envolvendo o presidente do TCE-PR, Heinz Herwig, além de um despacho judicial que confirmaria a ordem de monitoramento. Segundo o documento da PF, Moro pediu que o ex-deputado Tony Garcia tentasse gravar novamente a autoridade em 2005, alegando que registros anteriores não eram suficientes.
O material inclui transcrições de escutas envolvendo desembargadores do TRF-4 e políticos com foro, que só poderiam ser investigados com autorização do STJ. A busca e apreensão foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, após reiteradas solicitações do STF por documentos e gravações que não haviam sido entregues após a saída de Moro da magistratura.
Toffoli investiga denúncias de que delatores teriam sido usados para monitorar autoridades fora dos limites legais. O processo está sob sigilo. Moro nega as acusações e afirma que elas se baseiam em relatos fantasiosos de condenados.
Tony Garcia, que firmou delação premiada após ser preso por cerca de 30 dias, relatou que realizou gravações telefônicas e ambientais entre 2004 e 2005 por ordem de Moro, inclusive com câmeras ocultas em seu escritório. Um policial federal teria acompanhado suas atividades. Parte dos relatórios produzidos não foi anexada aos autos, omissão confirmada pela PF.
A matéria também relembra a trajetória de Moro na Operação Lava Jato, que investigou corrupção na Petrobras entre 2004 e 2012, resultando em diversas fases, prisões e condenações. A operação sofreu críticas por excessos, fragilidade de provas em delações e vazamentos, o que levou à anulação de condenações e ao fim da força-tarefa em 2021. Com informações: istoÉ
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