Na próxima segunda-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), realizará uma reunião com os prefeitos da Região Metropolitana para discutir estratégias de combate às barricadas erguidas por facções criminosas. Essas estruturas são utilizadas para dificultar o acesso das forças de segurança a áreas sob domínio do tráfico, ampliando o controle territorial dessas organizações.
A iniciativa ocorre cerca de três semanas após uma operação de grande escala nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes — sendo 117 suspeitos e quatro agentes de segurança. Durante essa ação, policiais enfrentaram momentos de tensão em áreas de mata, conforme relatos como "A gente não vai sair vivo".
O plano do governo estadual prevê a retirada completa dos materiais utilizados nas barricadas, como construções improvisadas, veículos abandonados, cabos e pedaços de madeira. Para isso, será necessário o apoio das prefeituras, especialmente com o fornecimento de caminhões para o transporte dos entulhos. Valas abertas pelos criminosos também serão aterradas imediatamente com concreto.
Segundo Castro, "A ideia é a que gente retire (das ruas) o material das barricadas. Não será só desobstruir o acesso, é retirar dali construções, carros, cabos e restos de madeira usados nessas obstruções. Por isso, as prefeituras serão importantes, sobretudo, com caminhões para tirar esse material. Valas (abertas pelos bandidos) também serão aterradas. Vamos colocar concreto na mesma hora. O Estado provê os kits de demolição, de corte, etc. Vamos começar com 50 equipamentos e, em seguida, aumentaremos até conseguir tirar tudo. Vamos utilizar também maquinario (como retroescavadeiras e tratores) de contratos que temos com diferentes secretárias. E o papel da Polícia Militar será dar segurança para que o Estado possa entrar e retirar. A operação envolve prefeituras e diversas secretárias. Teremos ainda outras operações conexas que serão vistas em breve".
Foram convidados para a reunião gestores municipais de diferentes partidos, incluindo Washington Quaquá (Maricá, PT), Rodrigo Neves (Niterói, PDT), Eduardo Paes (Rio, PSD), Capitão Nelson (São Gonçalo), Marcelo Delaroli (Itaboraí, PL), Dudu Reina (Duque de Caxias) e Renato Cozzolino (Magé, PP).
Sobre a possibilidade de que as barricadas sejam reconstruídas após a remoção, como já ocorreu anteriormente, o governador foi enfático: "Quem botar barricadas de volta vai receber, no dia seguinte, uma visita do Bope (Batalhado de Operações Policiais Especiais da PM) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil)". Com informações: O Globo

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