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Prefeitura remove 12 obras de Lêdo Ivo após artista ser flagrado destruindo árvores, em Juazeiro, BA; PMJ diz que atendeu recomendação do MP

Fotos: Reprodução PNB e RedeGN 

Assista vídeo no Instagram. Abaixo das imagens, leia a reportagem e entenda o caso.

Juazeiro, no norte da Bahia, tornou-se mais uma vez palco de um embate entre Lêdo Ivo e a Prefeitura Municipal, após o artista plástico ser flagrado destruindo árvores e logo em seguida, a PMJ retirar 12 esculturas do artista instaladas na cidade. O episódio gerou repercussão local, principalmente após denúncias de moradores contra as atitudes de Lêdo no bairro Centenário, onde ele mora.

Entenda

Na tarde de quarta-feira (28), moradores relataram à imprensa local que flagraram Lêdo Ivo arrancando árvores na Praça Américo Tanuri e, posteriormente, incendiando os galhos junto com outros materiais deixados no local, como um sofá velho, folhas e pneus. 

A Polícia Militar e órgãos da Prefeitura Municipal estiveram no local tomando providências após serem acionadas por moradores. Logo em seguida, ao menos 12 obras do artistas foram removidas para um depósito da prefeitura.

Versão de Lêdo Ivo

Em sua defesa, o artista afirmou que o ato foi uma resposta aos vizinhos da praça, que, segundo ele, danificaram parte de suas obras instaladas no espaço público. "Os galhos queimados das árvores é um ato de retaliação contra os vizinhos da Praça que quebraram parte de uma das obras", explicou Lêdo Ivo.

O artista também disse que o fogo teve o objetivo de chamar a atenção para a falta de posicionamento da prefeitura sobre suas reivindicações. "Eu reivindico as minhas obras, propriedades privadas", declarou. Ele questiona especificamente a remoção das esculturas denominadas Misericórdia , Ama de Leite e Jumentinha Branca .

Durante o incidente, o artista relatou ainda ter sido supostamente agredido por três indivíduos com jatos de extintor de incêndio em seu rosto.

Posicionamento da Prefeitura

Em nota oficial, a Secretaria de Ordem Pública e Habitação (SOPH) justificou a retirada das obras com base em uma recomendação do Ministério Público. Segundo a pasta, a medida visa regularizar o acúmulo desordenado de obras públicas ao longo de diversas gestões, muitas delas sem respaldo legal ou autorização formal para ocupação dos espaços.

Ao todo, 12 esculturas foram retiradas da Praça Américo Tanuri e encaminhadas ao depósito municipal. Entre elas está a icônica escultura do “Ovo”, localizada no contorno do bairro Novo Encontro. Outras obras instaladas irregularmente em áreas públicas também estão incluídas no cronograma de remoção.

A SOPH informou que as obras poderão ser devolvidas ao artista mediante abertura de processo administrativo, desde que ele comprove a posse das peças e pague multas referentes à ocupação indevida de solo público.

“A atual gestão reforça seu compromisso com a organização e o uso legal dos espaços públicos e seguirá adotando todas as medidas legais cabíveis, em consonância com as orientações dos órgãos de controle”, destacou a secretaria.

Um Caso de Interesse Público

O episódio levanta questões sobre o equilíbrio entre a preservação do patrimônio artístico e o ordenamento urbano. Por um lado, o artista Lêdo Ivo argumenta que suas obras são de sua propriedade e foram colocadas nas praças com o intuito de enriquecer culturalmente a cidade. Por outro, a prefeitura defende a necessidade de regularização e cumprimento das normas legais.

A comunidade local, por sua vez, se divide entre os que apoiam o artista e aqueles que consideram que as intervenções urbanas precisam seguir critérios técnicos e regulatórios.

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