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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estará presente nesta quarta-feira (7) em um ato em Brasília para reforçar a defesa de uma anistia ampla aos participantes do episódio golpista, mesmo enfrentando desaconselhamento por parte de sua equipe médica.
A caminhada, que tem como ponto de partida a Torre de TV e segue em direção ao Congresso Nacional, foi iniciada pouco após as 16h. Bolsonaro, acompanhado da ex-primeira-dama Michelle, está posicionado sobre um carro de som durante o trajeto.
Mais cedo, o ex-presidente compartilhou um vídeo em que convoca seus apoiadores para participarem do ato. "Pretendo estar lá também e participar do início", disse.
Ele ainda declarou que deseja reunir apoiadores para uma foto.
Após receber alta no domingo (4), quando encerrou um período de 22 dias internado para recuperação de uma cirurgia no intestino, Bolsonaro foi aconselhado pela equipe médica a evitar aglomerações e limitar o número de visitas em casa durante as próximas semanas.
Segundo bolsonaristas, o ato terá como objetivo demonstrar à sociedade que a oposição permanece engajada na defesa da anistia, apesar das articulações conduzidas pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), visando a apresentação de uma proposta alternativa.
A iniciativa liderada pelo presidente do Senado prevê a possibilidade de aplicação de penas reduzidas para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, desde que não tenham tido participação na organização ou financiamento desses atos. Uma minuta foi elaborada pela consultoria legislativa do Senado, vinculada a Alcolumbre, mas o texto ainda não foi tornado público.
Já o projeto defendido pelos bolsonaristas estabelece a concessão de anistia para todos os atos relacionados aos ataques às sedes dos três Poderes, tanto passados quanto futuros.
Atendendo a um pedido de Bolsonaro, o PL está analisando a elaboração de uma nova versão mais moderada do texto, que provavelmente restringiria o perdão apenas aos já condenados. Entre parlamentares governistas e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), há a percepção de que, mesmo com alterações no formato do texto, brechas poderiam continuar existindo, beneficiando líderes envolvidos na tentativa de golpe, incluindo o próprio Bolsonaro.
"O nosso mote, o nosso objetivo, é uma caminhada pacífica em prol da anistia humanitária, que teve a urgência apoiada pela maioria dos deputados. Esse é o nosso tema, que a anistia é um tema de competência do Congresso Nacional", diz Malafaia.
Apesar do desgaste sofrido pelo governo federal devido ao escândalo envolvendo descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), parlamentares afirmam que é necessário manter o foco na questão da anistia.
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