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A prisão de militares suspeitos de planejar assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi classificada como uma “perseguição” e parte de uma “narrativa” sobre ameaças à democracia brasileira, segundo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também estaria implicado na suposta trama golpista, Eduardo minimizou a gravidade das acusações. A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (19) quatro militares do Exército — sendo um da reserva e três da ativa — além de um policial federal, todos investigados por integrar uma organização criminosa que teria planejado os atentados após a derrota de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.
“Incrível saber que pessoas estão sendo presas por um crime que seria premeditado ainda em 2022. A prisão preventiva é exceção no Brasil. Não consigo enxergar como que essas pessoas conseguiriam, neste momento, estar ainda sujeitas a esse tipo de prisão”, declarou em entrevista a jornalistas na Câmara.
Ele acredita que a prisão dos membros das Forças Armadas seria uma "cortina de fumaça", uma estratégia para construir uma narrativa destinada a convencer os líderes mundiais reunidos no Rio de Janeiro para o G20 de que a democracia brasileira estaria ameaçada.
“Parece muito mais a criação de uma narrativa para tentar dizer que existe um risco real à democracia quando a gente está vendo que não existe”, disse. “Parece que é uma demonstração para tentar vender para os líderes que estão aqui no G20 de que o Brasil tem realmente um risco à democracia. Não tem”.
Eduardo minimizou as acusações contra os militares e afirmou que a “cogitação não faz parte do crime”. Ele negou que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, tenha participado de reuniões envolvendo o planejamento de um possível golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022.
Defesa da anistia:
O deputado manifestou apoio ao projeto de lei que prevê anistia a investigados e condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A proposta está à espera de análise por uma comissão especial, cuja instalação ainda não ocorreu. Segundo o parlamentar, as operações da Polícia Federal e a prisão de militares evidenciam a "urgência" na aprovação da medida.
“Não pode a gente ficar ao sabor do que uma outra pessoa dentro aqui do Supremo Tribunal Federal entenda que possa ser crime ou não. Crime é o que está na lei, pelo amor de Deus”, afirmou o deputado.
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