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Lewandowsk: Indicado por Lula ao Supremo em 2006, novo ministro da Justiça tem histórico de decisões favoráveis ao PT

Após deixar o STF, Lewandowski chegou a ser advogado e consultor da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Foto: Carlos Humberto/SCO/STF

O recém-nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, de 75 anos, sempre foi reconhecido por desafiar a opinião pública em momentos cruciais para os governos petistas durante seu tempo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante os 17 anos em que ocupou uma posição no Supremo, Lewandowski tomou decisões favoráveis aos aliados do presidente Lula em situações críticas para o partido, como no caso do mensalão e da Operação Lava Jato.

Apesar disso, entre os colaboradores do presidente e pessoas próximas ao próprio ministro, ele é considerado um progressista moderado, com boa relação até mesmo entre os apoiadores de Bolsonaro.

Essa reputação o colocou como um possível candidato para o cargo de ministro em uma eventual terceira gestão de Lula, desde que se aposentou do Supremo em abril passado, um mês antes de completar 75 anos.

A oportunidade surgiu meses depois, com a indicação de Flávio Dino para o STF. Lewandowski já era um nome cogitado pelo círculo de Lula desde a primeira oportunidade.

Inicialmente, o presidente buscou uma mulher para ocupar a vaga de Dino, mas não encontrou um perfil que considerasse adequado. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), chegou a descartar Lewandowski, argumentando que ele não tinha interesse na função. No entanto, pessoas próximas afirmam que ele nunca recusou a possibilidade, aguardando apenas um convite formal de Lula.

Após uma reunião com o presidente na segunda-feira (8), Lewandowski aceitou a nomeação para o ministério.

Lewandowski foi indicado por Lula ao Supremo em 2006, quando era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, recomendado por Márcio Thomaz Bastos, então ministro da Justiça. Durante sua presidência no Tribunal Superior Eleitoral, em 2010, defendeu ativamente a Lei da Ficha Limpa.

No entanto, em 2016, ao presidir o Senado durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, tomou uma decisão que dividiu a votação, permitindo que Dilma mantivesse seus direitos políticos. Ele permitiu a votação em separado da perda de mandato de Dilma e da inabilitação para exercer funções públicas por oito anos. O Senado rejeitou a inabilitação, mantendo os direitos políticos da petista.

No julgamento do mensalão, votou para absolver José Dirceu e José Genoino, mas seu voto foi vencido. Durante a Lava Jato, suas decisões também favoreceram Lula, como o trancamento de casos na Justiça Federal no Paraná e a autorização para a defesa de Lula acessar mensagens vazadas da força-tarefa do Ministério Público Federal.

Apesar de sua proximidade com Lula, Lewandowski era visto como uma força isolada no STF. Ao se aposentar, manifestou preferência por Manoel Carlos de Almeida Neto como seu sucessor, mas seu indicado não obteve apoio dos ministros mais influentes. Agora, ele assume o Ministério da Justiça, e seu ex-assessor, Manoel Carlos, é cotado para uma secretaria no ministério. 

Ao deixar o STF, Lewandowski tornou-se advogado e consultor da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

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