Foto: Reprodução/Agência Brasil | |
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta sexta-feira (11) seu compromisso de isentar do Imposto de Renda os brasileiros que ganham até R$ 5 mil, destacando que essa medida é uma questão de justiça, mas que para ser implementada “alguém terá que pagar a conta”.
A declaração veio após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), mencionar, na quinta-feira (9), que o governo estuda a taxação de grandes fortunas como uma forma de compensar a perda de arrecadação com a reforma do Imposto de Renda.
"Eu quero promover justiça, e para isso, alguém tem que contribuir mais", disse Lula durante uma entrevista à rádio CBN Fortaleza.
O presidente ressaltou que é injusto que quem ganha até R$ 5 mil acabe pagando, proporcionalmente, mais impostos que os milionários. Ele ainda reforçou seu objetivo de ampliar as isenções.
“Não é aceitável cobrar 27% ou 15% de um trabalhador que ganha R$ 4 mil, enquanto pessoas que recebem grandes heranças não pagam nada. Para mim, salário não é renda. Renda é o que vem da especulação financeira, e é sobre esse tipo de ganho que o imposto de renda deveria incidir”, argumentou Lula.
Ele também destacou a importância de um debate transparente sobre o tema: "As pessoas precisam saber quem paga o quê e quanto. É isso que falta no Brasil".
Atualmente, a isenção do IR vale apenas para quem ganha até dois salários mínimos, cerca de R$ 2.824 mensais. A reforma para ampliar a isenção até R$ 5 mil é uma das prioridades do governo e uma promessa de campanha de Lula. No entanto, Haddad afirmou que o presidente está avaliando diferentes cenários para garantir essa compensação sem pressa para fechar o projeto.
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