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O cantor Gusttavo Lima deixou o Brasil na madrugada desta segunda-feira (23). A Polícia Federal confirmou sua saída à Polícia Civil nesta tarde, logo após a Justiça expedir um mandado de prisão preventiva contra ele. A informação foi divulgada com exclusividade pela coluna Segurança, do Jornal do Comércio.
As polícias Civil e Federal estão trabalhando para descobrir o destino de Gusttavo Lima, que embarcou em um voo a partir de um aeroporto em São Paulo. No domingo (22), ele realizou um show no interior paulista e também esteve no Rock in Rio, onde fez postagens nas redes sociais.
Fontes ouvidas pela coluna não souberam confirmar se o cantor viajou em um voo comercial ou particular.
"Ele possui vários aviões, incluindo jatos. Estamos tentando identificar", informou uma fonte. A esposa de Gusttavo Lima também não se encontra no Brasil.
A saída dele ocorreu poucas horas antes de a juíza Andréa Calado da Cruz decretar sua prisão preventiva. Há suspeitas de que ele e seus advogados tenham sido informados sobre o pedido de prisão, que foi feito pela Polícia Civil de Pernambuco na semana passada.
A decisão da magistrada se baseia em novos elementos da investigação relacionados à Operação Integration, a mesma que resultou na prisão de Deolane Bezerra e que investiga crimes de lavagem de dinheiro e práticas ilegais de jogos de azar.
Além das movimentações financeiras milionárias entre uma empresa do cantor e outras envolvidas na investigação, a Justiça apontou que Gusttavo Lima deu "guarida a foragidos", ou seja, facilitou a fuga de investigados.
O cantor viajou para a Grécia para comemorar seu aniversário dias antes da operação. Ele estava acompanhado de um casal de empresários investigados que permanece foragido: José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha, donos da empresa de apostas Vai de Bet. Recentemente, Gusttavo Lima adquiriu 25% da sociedade na companhia.
Venda de aeronave leva nome do cantor à investigação:
A empresa Balada Eventos e Produções LTDA, pertencente a Gusttavo Lima, entrou no radar da investigação após a venda de um jato Cessna Aircraft para a Vai de Bet, empresa do empresário José André da Rocha Neto.
O mesmo avião havia sido anteriormente adquirido por Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, principal alvo da investigação por lavagem de dinheiro e jogos de azar ilegais.
Provas na investigação:
Na decisão judicial que decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima, a juíza mencionou que a investigação apontou a empresa do cantor como "responsável por ocultar valores provenientes dos jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos [Esportes da Sorte, principal alvo da operação]", ao receber da empresa, em 25 de maio de 2023, o valor de R$ 4.947.400 e, em 3 de abril do mesmo ano, mais R$ 4.819.200.
Para a polícia, a intenção era "ocultar ou dissimular a propriedade do jato Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEN, ao negociá-lo com a empresa J. M. J. Participações LTDA, de propriedade de José André da Rocha".
A investigação indicou que a empresa de Gusttavo Lima movimentou mais de R$ 22 milhões no ano de 2024.
Além disso, a companhia de Gusttavo Lima teria ocultado valores provenientes de jogos ilegais das empresas Sports Entretenimento Promoção de Eventos e Pix 365 Soluções Tecnológicas (Vai de Bet), "ao manter em um cofre da empresa R$ 112.309, além de 5.720 euros, 5.925 libras e pouco mais de 1 mil dólares".
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